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quarta-feira, 30 de maio de 2012

13 DE MAIO: ACABOU COM A ESCRAVIDÃO?

A escolha do título deste artigo fez parte da indagação de um aluno da 7ª série, que preservarei a sua identidade. A priori, a pergunta me causou certo espanto, pois em meio a uma maioria de desinteressado têm aqueles que se salvam e, com certeza, são esses que temos que cuidar para não se perder junto aos que não querem nada com nada. No entanto, como o papel do historiador é lembrar o que os outros esquecem e, no Brasil não se lida muito bem com a memória, procurei fazer uma analogia, tomando cuidado para evitar o anacronismo (julgar o passado com conceitos do presente). Dessa forma, levei uma notícia recente, com os seguintes dizeres: “... a cada oito dias, em média, um caso de trabalho em condições degradantes ou análogas à escravidão é encontrado na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Diga-se de passagem, no dia 13 de maio de 1888, a Princesa Izabel, assinou a Lei Áurea, “acabando” com a escravidão no Brasil, porém, é lamentável ouvir notícias assim após 124 anos, ainda mais em uma região próspera como a de Campinas. E mais, esse aluno continuou insistindo, e perguntando sobre a Princesa Izabel, julgando a importância desta na Abolição. A princípio, procurei esclarecer que ela, somente assinou um documento, portanto, a resistência contra essa barbárie foi iniciativa dos próprios escravos, é óbvio, com ajuda de algumas pessoas letradas que não conseguiam digerir tamanha brutalidade. Para os apressados em seus julgamentos sumários, poderão pensar que este escritor incentiva a comemoração do dia 13 de maio; não é esta a minha intenção, e sim refletir sobre: Quem deve comemorar? Comemorar não, mas conscientizar e evitar atrocidades dessa natureza, principalmente, se se vive em um mundo onde se preza a democracia. Agora, por que não é feriado? Pelo simples fato de querer apagar esse processo histórico de nosso país, criando um ar de país da harmonia, foi por isso que Rui Barbosa mandou queimar vários papéis que comprovavam a escravidão, ou seja, apagar a memória histórica do povo brasileiro. Não é aqui responsabilizar o passado pelo presente, é sabido que esse jamais será reconstituído tal como existiu. É partindo dessa linha de pensamento que devemos refletir sobre as políticas afirmativas, medidas para tentar sanar a desigualdade que os afrodescendentes sofrem, em um país que os seus antepassados ajudaram a construir sem ganhar um conto de Réis, emprestaram um pouco de sua Língua falada, da sua cultura e, sobretudo, do suor do seu DNA. Considerações finais: Podemos afirmar com propriedade que falta muito para os descendentes dos que ajudaram forjar este país bonito por natureza comemorar e serem reconhecidos. Portanto, desistir jamais, e essa luta são de todos, para que a diversa forma de trabalho degradante seja erradicada em nosso país. Não podemos trocar as senzalas pelas construções civis, pelos canaviais de cana da atualidade ou pelos trabalhos degradantes.
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de opinião.
Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM (Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: @albertomarques3.
Blog do Professor Alberto: Professor em rede.
Facebook: Alberto Alves Marques.

Cidade: Hortolândia/SP.       

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