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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Era da Guerra Total- Eric Hobsbawm.


No texto do Historiador Eric Hobsbawm, nascido em 1917 no Egito. Considerado um dos mais importantes historiadores da atualidade. Ele faz uma analise objetiva do século, que por analogia ele chama de o "Breve Século XX". E chama atenção para o fato de o século XX ter sido moldado e marcado pela guerra. E que para entendê-lo e necessário olhar os acontecimentos das duas grandes guerras pela perspectiva de quem as viveu. Que é o caso de Hobsbawm que nasceu do final da primeira guerra e sofreu sua influência. Bem como da segunda guerra, que participou trabalhando no departamento de inteligência Britânica.

Então vamos começar a entendê-lo!

Segundo o autor o seu objetivo não é discutir as origens da Primeira Guerra Mundial. E sim esclarecer que esta guerra ocorreu devido às disputas econômicas entre as potências européias.A Alemanha almejava expandir o seu poderio colonial, político e marítimo. Derrubando a Grã-Bretanha que já ocupava esta posição. Já a França tinha por objetivo barrar a Alemanha economicamente.O Autor enfatiza que o choque provocado frente a esta guerra na Europa deveu-se devido às baixas provocadas em ambos os lados. E ao uso de armas até então impensadas, como o uso de armas químicas na tentativa alemã de romper a "Frente Ocidental". Bombardeios aéreos que se tornaram o terror da população civil. E o uso de submarinos para estrangular a economia do lado oponente e consequentemente matar a população de fome. Essa última arma e seu uso sistêmico legitimaram a entrada dos EUA na guerra. Que ofereceu apoio aos países da Tríplice Aliança na derrota da Entende. Essa participação modesta dos EUA na guerra determinou toda a política do século xx. Uma vez que ao fim da guerra países foram arrastados para revolução como URSS, e o mundo havia deixado de ser eurocentrico.

Como última cartada da Grã-Bretanha e da França foi imposta à Alemanha o Tratado de Versalhes (paz punitiva) e a URSS que havia se tornado comunista o seu total isolamento econômico. Pois a URSS representava um perigo para o que ainda restava do liberalismo burguês. E ainda redividiram o mapa da Europa de forma aleatória sem respeito algum as diferenças étnicas e lingüísticas dos Estados-nação recém formados. Que provocariam na década de 1990 conflitos separatistas. E esboçaram a criação de um estado judeu, que se concretizaria após a Segunda Guerra.

Todas estas medidas não impediram a uniam das duas nações proteladas Alemanha e URSS que se uniram através de vários tratados. E trataram de se rearmar, por saberem que a guerra não havia terminado. Em 1930 chegava ao poder à extrema-direita de Hitler, ajudado pelos eventos pós 1929 que acabou de vez com o que restava da economia. E pelo Tratado de Versalhes que continuava engasgado na garganta dos alemães. Reviveram novamente toda a sanha imperialista. Seguidos de perto pelos não menos descontentes: Itália e Japão. Que tinham lá seus próprios motivos alicerçados no imperialismo vigente.

A Segunda Guerra mundial foi pensada e organizada para o aniquilamento total do inimigo. O que isso quer dizer? Em outras palavras Hobsbawm diz que: a Primeira Guerra mundial não era uma guerra esperada, e isso explica o fato de um segundo conflito ter sido evitado ao Maximo. Como demonstrado na não-reação da Grã-Bretanha e dos países pertencentes à liga das nações, ao desrespeito alemão ao Tratado de Versalhes. E invasão da Manchúria pelo Japão e invasão da Polônia que foi o estopim da guerra.

A Segunda Guerra Mundial foi organizada de forma a racionalizar as forma de matar. Ao mesmo tempo em que apressou a revolução tecnológica, mas não necessariamente modificou a vida das pessoas. Serviu para alavancar ainda mais a industrialização e a produção em massa. Que tornou a guerra impessoal, não se matava mais pessoas e sim estatísticas. E justificando a tese de Hobsbawm, todos estes eventos sepultaram de uma vez por todas os ideais liberais. De uma sociedade que acreditava piamente que o progresso tecnológico levaria à humanidade a felicidade. Na verdade o progresso tecnológico levou milhões de seres humanos à morte. E não foi capaz de solucionar problemas como fome e as doenças que assolam o Terceiro Mundo. E que o único país que de fato saiu no lucro foi os EUA, que aumentou o seu comércio enquanto toda a Europa estava em guerra. E derrubou de vez a hegemonia eurocentrica. Teve sua Influência antagonizada pela URSS e seu bloco de países socialistas. Cada um tentando vender as suas respectivas ideologias.

Por todos estes motivos o texto de Hobsbawm e de importância cabal para se entender o século XX, bem como as suas aspirações perdidas.

Fonte: http://www.webartigos.com/artigos/a-era-da-guerra-total/21478/

Frases e Trechos de Eric Hobsbawn – Livro: “A Era dos Extremos – O Breve Século XX”
abr 1st, 2010
by diego.
¨A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem.¨
¨O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o mundo formado pelo impacto da Revolução Russa de 1917. Fomos todos marcados por ela, por exemplo na medida em que nos habituamos e pensar na moderna economia industrial em termos de opostos binários, ¨capitalismo¨ e ¨socialismo¨ como alternativas mutuamente excludentes, uma identificada com economias organizadas com base no modelo da URSS, a outra com todo o restante. Agora já deve ter ficado evidente que essa oposição era uma construção arbitrária e em certa medida artificial, que só pode ser entendida como parte de determinado contexto histórico.¨
¨Mesmo o mundo que sobreviveu ao fim da Revolução de Outubro é um mundo cujas instituições e crenças foram moldadas pelos que pertenciam ao lado vencedor da Segunda Guerra Mundial.¨
¨A principal tarefa do historiador não é julgar, mas compreender, mesmo o que temos mais dificuldade para compreender. O que dificulta a compreensão, no entanto, não são apenas nossas convicções apaixonadas, mas também a experiência histórica que as formou.¨
¨A única generalização cem por cento segura sobre a história é aquela que diz que enquanto houver raça humana haverá história.¨
¨As maiores crueldades do nosso século foram as crueldades impessoais decididas à distância, de sistema e de rotinas, sobretudo quando podiam ser justificadas como lamentáveis necessidades operacionais.¨
¨Em resumo, a catástrofe humana desencadeada pela Segunda Guerra Mundial é quase certamente a maior na história humana. O aspecto não menos importante dessa catástrofe é que a humanidade aprendeu a viver num mundo em que a matança, a tortura e o exílio em massa se tornaram experiências do dia-a-dia que não mais notamos.¨
¨O ponto essencial do capital realmente grande é que pode se acomodar com todo regime que não o exproprie de fato, e qualquer regime tem de se acomodar com ele.¨
¨O que os líderes latino-americano tomaram do fascismo europeu foi a sua deificação de líderes populistas com fama de agir.¨
¨O sistema democrático não funciona se não há um consenso básico entre a maioria dos cidadãos sobre a aceitabilidade de seu Estado e sistema social, ou pelo menos uma disposição de negociar acordos consensuais. Isso, por sua vez, é muito facilitado pela prosperidade.¨
¨A maioria dos seres humanos atua como historiadores: só em retrospecto reconhece a natureza de sua experiência.¨
¨O mundo mais conveniente para os gigantes multinacionais é aquele povoado por Estados anões, ou sem Estado algum.¨
¨Quando enfrentam o que seu passado não as preparou para enfrentar, as pessoas tateiam em busca de palavras para dar nome ao desconhecido, mesmo quando não podem defini-lo nem entendê-lo.¨
¨A mudança social mais impressionante e de mais longo alcance da segunda metade deste século, e que nos isola para sempre do mundo do passado, é a morte do campesinato. Pois desde a era neolítica a maioria dos seres humanos vivia da terra e seu gado ou recorria ao mar para a pesca.¨
¨Quando o campo se esvazia, as cidades se enchem.¨
¨Enquanto nos cortiços e favelas os seres humanos viviam em simbiose com os resistentes ratos e baratas, a estranha terra de ninguém entre cidade e campo que cercava o que restava dos ¨centros urbanos¨ do mundo desenvolvido era colonizada pela fauna dos bosques: doninha, raposa e guaxinim.¨
¨A revolução cultural de fins do século XX pode assim ser mais bem entendida como o triunfo do indivíduo sobre a sociedade, ou melhor, o rompimento dos fios que antes ligavam os seres humanos em texturas sociais.¨
¨Na verdade, a impressionante desigualdade social na América Latina dificilmente pode deixar de ter relação com a também impressionante ausência de reforma agrária sistemática em muitos desses países.¨
¨A possibilidade de ditadura está implícita em qualquer regime baseado num partido único, irremovível.¨
¨Os seres humanos não foram eficientemente projetados para um sistema capitalista de produção.¨
¨O paradoxo do comunismo no poder é que ele era conservador.¨
¨O fracasso do socialismo soviético não se reflete sobre a possibilidade de outros tipos de socialismo.¨
¨[...]a ciência reflete sua época, embora seja inegável que alguns movimentos importantes na ciência são endógenos.¨
¨[...]ao contrário das aparências, o século XX mostrou que se pode governar contra todas as pessoas por algum tempo, contra algumas pessoas por todo o tempo, mas não contra todas as pessoas todo o tempo.¨
*Eric Hobsbawn é considerado um dos maiores historiadores da atualidade. Nasceu no Egito e possui nacionalidade britânica. Teve sua formação em universidades de Viena, Berlim, Londres e Cambridge. De orientação marxista, dedicou-se ao estudo da história do século XIX e publicou obras importantes sobre o tema. Com o livro ¨Era dos Extremos¨, que analisa profundamente o que ele chama de ¨breve século XX¨, ganhou reconhecimento internacional. É uma das obras de história mundialmente mais lidas e citadas sobre a história do século passado.

Fonte: http://diegocanhada.blog.br/?p=212.

 

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